quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

JANEIRO



Compus as peças e as expus a visitação.
A minha escolha reafirmo 
transformo o amor em rima.
Prosa e verso.
Verso e reverso.
Do lado avesso me despeço.
Trafego as águas cálidas 
Dessa tarde escaldante.
Deslizo pelos rios
Clandestina errante.



Nathalia Leão Garcia 


Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2014 




SEDUÇÃO



O que será que me provoca?
O que mexe comigo?
O que me instiga?
O que revolve as minhas entranhas?
Confesso que não sei ...
Apenas sigo a intuição 
e prossigo contigo.
Como parte de um balé encenado
por duas almas que não são estranhas.


Nathalia Leão Garcia 


Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2014 



TRANSFORMAÇÃO



A conexão se mantém,
substituímos nós atados por laços de afeto.
A memória tem como função principal
a capacidade de se renovar sempre. 
Podemos escolher reciclar as lembranças,
criando novas formas de ver as coisas.
É só girar a lente e acertar o zoom do olhar.
A mudança é o permanente!
E como Nietzsche disse usemos a arte
para nos livrar da loucura da realidade.
Prefiro a leveza dos dias com canção e emoção!

Nathalia Leão Garcia 



Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2014 




DEPURAÇÃO



Expiar os males,




soltar os venenos para encontrar a cura...


Limpar a mente da névoa escura;



Sorrir pra vida e pra loucura!



Pra ver se ela me engole pura.





Nathalia Leão Garcia 


Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2014 



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CANTO DE SEPARAÇÃO




O que restou de mim?
Ainda me pergunto.
Fragmentos dispersos
O som do silêncio sussurra ao vento
A sensação de vazio invade
Não preencho os espaços
Prefiro contemplar o abismo
Meu olhar se perde no horizonte
Um canto de encontro à paz
A noite se faz sobre a terra
Meus sentimentos misturados num rodopio
Vertiginosos, entontecem, turvam
O coração não se arrepende
Mas é hora de desapegar
Encarar o lado escuro
Tirar os véus, desvelar o real.
Dispo a fantasia
Mas os sonhos não morrem
É apenas transformação
O amor dá lugar à surpresa
Sem drama
Os astros colidem
É só o fim...


Nathalia Leão Garcia

Rio, 28 de dezembro de 2013


REMINISCÊNCIAS E ESCRIVIVÊNCIA

                 Carrego em mim a doce lembrança de minha avó materna que me criou. Ela partiu cedo desta vida, mas me deixou de herança s...