sexta-feira, 5 de setembro de 2014

AS MANHAS DO TEMPO



O tic- tac das horas no vento.
A passagem do tempo encerra as dívidas.
Me pego indagando os porquês e as metades
Os pontos de interrogação e as dúvidas.

Despeço-me das verdades.
O preço do passar do tempo
me cobra a marca das saudades.

Caem os véus das certezas.
Fico nua e transparente.
Debulho-me em sutilezas.

No encontro com o incerto porvir 
Minha alma pela angústia dilacerada
Desfruta do que posso decidir.

Desato-me dos grilhões das miudezas
Alço vôos desnuda e desatada.
Ofereço ao tempo as minhas grandezas.

Lanço-me à  liberdade da incoerência
A dádiva de mudar de opinião
Não é confortável ter consciência
A conquista do tempo se transforma em libertação.


Nathalia Leão Garcia

Rio, 06 de setembro de 2014. 


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