Falo hoje sobre a insanidade das pessoas.
Sobre o desrespeito ao ser humano.
A pouca importância que se dá aos semelhantes
em especial quando eles já não estão entre nós.
À título de desabafo, mostro aqui a minha indignação
contra a falta de respeito pela memória de meus amados entes queridos
que já se encontram em outro plano e merecem descanso e paz!
Para que permaneçam em paz e na vida eterna de luz!
Meu amor incondicional e minhas preces à minha avó Nadyr Arêa Leão,
meus tios Danilo Arêa Leão e Amílcar Arêa Leão,
meu pai Eduardo Garcia de Souza e à minha mãe Norma Arêa Leão.
Eu prometo defendê-los e preservá-los dos pusilânimes e insanos,
os sem coração, inertes, sem alma, sem ética, impenetráveis e insensíveis!
Deixemos livres os mortos, não profanemos as suas memórias!
Não perturbemos o sono profundo dos inimputáveis
que não estão mais encarcerados nas mentiras e disfarces!
A vida não é vã!
O corpo carrega as tradições inúteis,
a alma liberta das fidelidades perversas!
Traio estas tradições que ocultam a navalha
que fere profundamente a minha lealdade a minha raiz!
Repudio os comportamentos levianos!
Não me encaixo nos seus planos!
Sou livre para professar o meu amor!
Chega dessa cantinela de terror!
Danem-se os seus protocolos!
Não me fio nas suas sendas de falsidade!
Daqui por diante declaro-me desnuda e desatada da maldade!
Quero colos que me acolham e não me cobrem temor!
Braços que enlacem e mãos que afaguem e não finjam calor!
Família é a que se faz presente!
Não aquela emoldurada no riso que mente!
Precária mente distorcida e miserável!
Deixo aqui o meu escárnio e repúdio infindável!
Nathalia Leão Garcia
Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2016
A Morte de Marat