quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O SHOW E O SILÊNCIO



O espetáculo é agora
se revigora no inusitado
se entranha nos emaranhados
inéditos da vida,
e nos convida pra brincar.
A cantiga de roda anuncia
a urgência do beijo e do afeto.
A roda gigante conquista
e faz girar os desejos
que guardamos da infância.
Acreditamos na força do olhar
que nos absolve e redime
dos erros que cometemos
ao deixar voar o que é mais raro
sem verter as lágrimas ao nos despedir.

Nathalia Leão Garcia

Rio, 13 de setembro de 2012.


VASTOS SENTIDOS


Se eu pudesse te falar da sua sensibilidade
que tem a capacidade de me emocionar
Se eu pudesse te abrir meu coração
para deixar que me visse por dentro
sem os filtros dos rótulos.
Se eu pudesse te transmitir o meu pedido vão
sem os ruídos das tribos.
para que me acolhesse.
Se eu pudesse te falar com pureza
Das minhas fraquezas
e da beleza da minha canção.
Se eu pudesse sequestrar a angústia
trancafiá-la num porão sem fim
e jogar as chaves fora do alcance da alma.
Se eu pudesse ser amada com leveza
Ganhar um colo que me abrigasse
na doçura das horas esquecidas do tempo.

Nathalia Leão Garcia

Rio, 13 de setembro de 2012.




sexta-feira, 7 de setembro de 2012

IMPERATIVOS ARTIFICIAIS


Este é um manifesto de repúdio à ditadura da mesmice!
Somos torturados pela lucidez ensandecida.
Um mundo sem rosto onde é proibido refletir!
É obrigatório ser feliz, sexy, magro e bobo da corte burguesa!
Assim caminha a humanidade que propaga a burrice!
Seguir, partir e usufruir.
O propósito é a relação custo benefício!
A sociedade hedonista substitui a estoica.
Pra curar a tristeza?
Dá-lhe Prozac, Rivotril, Diazepan!
Vendem uma realidade dicroica.
Os que ousam se rebelar são absorvidos pela mídia idiota.
SOS para os loucos que apodrecem neste hospício!
Quero mais é incendiar a certeza vã!
Vamos destravar os freios, destampar os ouvidos!
Abrir os portais e dar acesso aos desejos insanos.
Nascemos pra voar nas asas dos anjos caídos!

Nathalia Leão Garcia

Rio, 07 de setembro de 2012.




REMINISCÊNCIAS E ESCRIVIVÊNCIA

                 Carrego em mim a doce lembrança de minha avó materna que me criou. Ela partiu cedo desta vida, mas me deixou de herança s...