Se eu pudesse te falar da sua sensibilidade
que tem a capacidade de me emocionar
Se eu pudesse te abrir meu coração
para deixar que me visse por dentro
sem os filtros dos rótulos.
Se eu pudesse te transmitir o meu pedido vão
sem os ruídos das tribos.
para que me acolhesse.
Se eu pudesse te falar com pureza
Das minhas fraquezas
e da beleza da minha canção.
Se eu pudesse sequestrar a angústia
trancafiá-la num porão sem fim
e jogar as chaves fora do alcance da alma.
Se eu pudesse ser amada com leveza
Ganhar um colo que me abrigasse
na doçura das horas esquecidas do tempo.
Nathalia Leão Garcia
Rio, 13 de setembro de 2012.
Nathalia,
ResponderExcluirUsando as suas palavras,
de um outra maneira:
"Abra seu coração, transmita seu pedido,
Fale com pureza, sequestre a angústia,
Trancafie-a num porão.
Seja amada com leveza.
Ganhe um colo que te abrigue
na doçura do tempo".
Como disse o escritor Eduardo Galeano,
"somos o que fazemos, mas somos principalmente
o que fazemos para mudar o que somos".
A estrada é a artéria por onde corre
nossa vida.
Nessa matéria não dá pra saber
se o show é nosso, se a cena é aberta.
Nesse mundo de solidão,
a festa é interior, as dores pedem alimento,
o corpo fala com gestos
que se enamoram de sonhos
que se cercam de abraços,
que manifestam nossa humanidade.
Somos um monte de coisas em movimento
girando afetos,
alcançando órbitas diversas
esticando o olhar pela vida afora,
destelhando tristezas,
sonhando com a melhor brincadeira de todas,
a de amar alguém e pronto.
Um beijo, meu amor.
Marcelo
23.09.12