Certos concertos nos desconcertam.
A ilusão da certeza vã.
Pra enganar a crueza vazia.
Pra quê disfarçar a tristeza?
Disfarça a tez pra aliviar a palidez.
Sorrateira a preguiça rouba os sonhos.
Buscar a felicidade demanda suor e esforço.
Sorrisos e lágrimas colorem meu rosto.
Proponho expor as veias e as vias.
Luto como mulher e filha da falta.
Nathalia
Leão Garcia
Rio de
Janeiro, 20 de outubro de 2012
"filha da falta"
ResponderExcluiré belo,
melhor do que devaneios,
singelo.
e é uma frase poética,
hermética.
escrever para mim é escrever muito,
cem vezes ou mais uma mesma pauta.
perceber o que falta.
e o que está demasiado
está errado.
errado de lugar,
de tempo, de rima pedindo
o silêncio.
a caricia de deixar,
o leitor completar,
nos completar,preencher
o que nos falta saber,
só ele pode ver.
é bom citar a obra que ilustra,
é um mestre do expressionismo.
bizu
Ok Ivan!
ResponderExcluirA obra postada acima é a "Madona" de Edvard Munch.
Pintor que eu adoro pela forma como expressa as almas atormentadas, acredita-se inclusive que ele sofria de transtorno bipolar. Amo também "O Grito" do Munch também que ilustra a minha outra poesia " A Liberdade tem Preço" .
Obrigada pelos comentários!
Namastê!