Eu morava com a minha avó materna que me criou desde
pequena e me ensinou o que é o amor e o que tenho de
melhor em mim. Cresci em Copacabana e sempre
quando ia à praia com minha mãe e minha irmã mais nova
costumava levar um baldinho de água do mar para a minha
avó se banhar na banheira lá de casa. Esse ritual era uma
fonte imensa de alegria. Quando chegava da praia vovó
esperava o baldinho com água do mar que eu derramava
sobre ela na banheira como se a cobrisse com o meu amor e
gratidão. A imaginava como uma Deusa e que aquela água a
mantivesse imortalizada! Um dia após a sua morte aos meus
9 anos, esqueci e trouxe o baldinho com a água do mar pra
casa buscando-a como de costume e me dei conta naquela
hora da sua ausência física. Mas a trago no meu coração por
toda a minha vida e a irrigo com a água sagrada das minhas
lágrimas de amor e gratidão! Ela será eterna em mim pra
sempre!
Boa Páscoa e celebração da ressurreição da memória
amorosa imortal!
Nathalia Leão Garcia