Chegou a hora: vai ter Copa que tantos odeiam amar! Lidando com a ansiedade e agitação pelo início da
Copa do Mundo me arrisco a rabiscar algumas linhas que mesclam os meus
delirantes desejos. Quero conciliar as minhas paixões desbragadas pelo amor
universal, pela liberdade, pela magia do futebol, pelo meu povo e pela vida!
Ouso juntar no mesmo tacho a minha raça e protesto pelas iniqüidades que
sofremos nesta pátria enxovalhada e abusada, que
samba bonito, dá beijinho no ombro e teima em ser feliz! Pra não dizer que
estou alienada, torcendo desavergonhadamente por futebol quando há patrulhas
por toda a parte tentando amordaçar o nosso direito de festejar com o que temos
de melhor a nossa arte! Vivemos um momento muito forte em que o poder
está sendo questionado e os reis estão caindo com seus escândalos fazendo ruir
as torres! Há uma crise de autoridade e os astros nos mostram isso com o
trânsito do planeta Plutão em Capricórnio. Sair na porrada e perder a
compostura questionando a autoridade( Urano em Áries- olha aí a astrologia de
novo!) é grave em qualquer instância. O conflito do direito à
liberdade e o respeito às leis torna o debate mais violento!(Quadratura Plutão
- Urano) Que forças temos que enfrentar? Viver e lidar com as
contradições! E sem medo de ser feliz sou atrevida, despudoradamente apaixonada
e com prazer quase indecente de curtir futebol! Mando o meu
barquinho pra Iemanjá com o desejo de boa sorte aos nossos meninos do Brasil
essa pátria de chuteiras que sonha e quebra barraco, para que a paz e a
liberdade triunfem! Solidariedade, união e vamos namorar a vida e
sorver das fontes que nos animam! E para embalar com força a nossa torcida que
tenha um som e a arte da nossa música transformadora como os versos
de Caetano e os Podres Poderes. Vamos despertar os sentidos e vibrar com o que
nos mexe seja lá o que for!
PODRES PODERES
Enquanto os homens
exercem
Seus podres poderes
Motos e fuscas avançam
Os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais...
Seus podres poderes
Motos e fuscas avançam
Os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais...
Queria querer
gritar
Setecentas mil vezes
Como são lindos
Como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais...
Setecentas mil vezes
Como são lindos
Como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais...
Será que nunca
faremos
Senão confirmar
A incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que esta
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...
Senão confirmar
A incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que esta
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...
Enquanto os homens
exercem
Seus podres poderes
Índios e padres e bichas
Negros e mulheres
E adolescentes
Fazem o carnaval...
Seus podres poderes
Índios e padres e bichas
Negros e mulheres
E adolescentes
Fazem o carnaval...
Queria querer
cantar
Afinado com eles
Silenciar em respeito
Ao seu transe num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau...
Afinado com eles
Silenciar em respeito
Ao seu transe num êxtase
Ser indecente
Mas tudo é muito mau...
Ou então cada
paisano
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
Enquanto os homens
exercem
Seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais...
Seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais...
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo e mais fundo
Tins e bens e tais...
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo
Indo e mais fundo
Tins e bens e tais...
Será que nunca
faremos
Senão confirmar
Na incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que essa
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...
Senão confirmar
Na incompetência
Da América católica
Que sempre precisará
De ridículos tiranos
Será, será, que será?
Que será, que será?
Será que essa
Minha estúpida retórica
Terá que soar
Terá que se ouvir
Por mais zil anos...
Ou então cada
paisano
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais...
E cada capataz
Com sua burrice fará
Jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades
Caatingas e nos gerais...
Será que apenas
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
Os hermetismos pascoais
E os tons, os mil tons
Seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão
Dessas trevas e nada mais...
Enquanto os homens
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo...
Exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome
De raiva e de sede
São tantas vezes
Gestos naturais
Eu quero aproximar
O meu cantar vagabundo
Daqueles que velam
Pela alegria do mundo...
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Indo mais fundo
Tins e bens e tais!
Nathalia Leão Garcia
Rio, 12 de junho de
2014.
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