O que me faz
abrir as asas,
atravessar as ruas desertas,
enfrentar a
fome do mundo,
escancarar as
janelas e suas travas?
Não possuo
fronteiras fechadas.
Meu endereço
é provisório.
Minhas
estradas estão abertas.
Habito um
largo território.
Venci o medo
que me assaltava.
Desgarrei-me
da solidão.
A insônia
não povoa mais as noites.
Libertei-me
da crença que me paralisava.
Desmesurei
meus limites.
Ousei correr
com as feras.
Atravessei
as pontes e estamos quites.
Aloprei e ultrapassei
as esferas.
Nathalia
Leão Garcia
Rio, 16 de Abril de 2015
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