sábado, 26 de janeiro de 2013

DESCONCERTADO


O que resta de mim pra além das fronteiras do que sinto?
O que me espera na esquina é o inesperado.
O que procuro é diferente do que encontro.
O que calo não quer dizer que minto.
O que me conforta não é o exato.
O que me dá prazer não está listado.
O que me freia não é o ponto.
O que levo da vida é incontável.
O que me dá medo eu não conto.
O que me faz feliz é um mistério infindável.


Nathalia Leão Garcia 

Rio, 26 de janeiro de 2013.



                                                            Kandinsky, (1923)

4 comentários:

  1. Bom-dia, Nathália!
    "O que me freia não é o ponto."
    Ben trovato! (que é o nosso Bien trouvé!)
    Bom domingo!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Àngela pela companhia estimulante dos seus comentários!
    Um brinde a nossa amizade construída a base de troca de afetos, ideias, sonhos e bom gosto refinado!
    Beijos! Nathy

    ResponderExcluir
  3. Nathália querida,
    Fiquei feliz em ver tanta beleza em versos neste seu espaço que mais parece um jardim de pensamentos perfumados.
    Tomara muitos tenham o privilégio de colher destas suas flores, nascidas da alma que só um poeta possui.
    Meu carinho com fraternose poéticos abraços,
    Josette
    http://josettegarcia.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. Josette este jardim tem o perfume das flores que o visitam, como você graciosa flor amiga! Beijos! Nathalia

    ResponderExcluir


Namastê!

MEMÓRIAS DO SUBTERRÂNEO

  Talvez não me reste nada além de manter a mentira da felicidade fácil, das juras de amor mais deslavadas. Desavergonhada farsante. É...