Minha
alma clama por luz
Desesperada
alma solitária
Depura
os venenos
Expurga
os pecados
Desaba
pelos cantos
Perdida
nos becos
Meus
versos obscenos
Blasfemam,
difamam
Incomodam,
enganam.
Não
confie no vento!
Não
se fie no tempo!
Abandone
as ilusões!
Nada
pode te resgatar
das
trevas da ignorância.
Pobre
alma penada!
Grito
abafado em nuvens.
O
delicado som do trovão.
Destronando
virtudes.
Devastando
a esperança.
Sussurros
de pavor,
Resistência
rebelde.
Não
se entrega!
Não
se nega!
Apenas
se debate contra as pedras.
Pedras
que teimam em obstruir
Caminho
tortuoso
Este
obscuro objeto do desejo
Invejado,
cultuado
que
vira poeira de sonhos
Peço
apenas paz
E
que o pressentimento
aponte
uma resposta
Nas
suas linhas tortuosas
Derretam
as geleiras!
Abram-se
clareiras
nesta mata fechada.
Mata
selvagem sem cachorros.
Sobrevivo
aos sobressaltos e soluços.
Travo
batalhas homéricas!
Que
o pressentimento
me
aponte uma resposta
Nas
suas linhas sinuosas
Vestindo
a minha fragilidade
com
o tecido da dor que me faz
guerreira
dos olhos molhados.
Por
toda a eternidade.
Para minha Mãe Norma
In Memorium
Para minha Mãe Norma
In Memorium
Nathalia
Leão Garcia
Rio, 16 de Março de 2013
Anna Bocek