Sou como as tempestades
Adormeço as calmarias
Anoiteço as tormentas
Ah se eu pudesse manter
a temperatura!
Escolher os temperos!
Conter sensações
Burilar os turbilhões
Prender o medo nos
porões!
Inconsciência inconstante
Sou meio mutante
Inesperada e instável
Sujeita a chuvas e
trovoadas
Raios de sol e luar
Arco íris de paixão
Sou fogo de palha
Quando se espalha
ninguém junta!
Não me rendo
Varo noite adentro
Travando batalhas
incontáveis
Sonhos delirantes
Onde está a minha fé?
Por onde erro nos
caminhos?
Por que não me acho nos
atalhos?
Destrono o meio mais
fácil.
Enalteço as tortuosas trilhas.
Descontroladamente
insignificante
Intolerante e
detestável
para o que considero ignóbil!
Não são puros os meus
dias
Não são audíveis os
meus ais!
Que me perdoem as
intempéries!
Sou contradição e
contramão
Quixote por desvarios em
série!
Luta inglória e dúbia.
Não sou vulgar nem
singular
Sou plural e incomum.
Bárbara mas não banal.
Violenta e brusca como
ventania
que debulha os trigais
e desperta as
gargalhadas
Insana como a volúpia.
Desatino com o grito
incessante
Que me faz fera
ambulante.
Indubitavelmente fullgaz!
Nathalia Leão Garcia
Rio, 08 de Março de 2013
UNICÓRNIO E SEREIA
Menina, essa poesia é minha cara!Rs..Parabéns!
ResponderExcluirValeu Katia!
ResponderExcluirFico feliz que se identifique coma os meus versos!
Pode levá-los pra você!
Saudações poéticas!