Desapegar e escolher
A leveza da inconsequência
Não se dá conta da confluência
Dos esquecimentos guardados
Em baús semiabertos
Dos ressentimentos encharcados
Que dormem nos frios desertos.
O que queremos esquecer?
O que precisamos perdoar?
Quantas emoções tentamos negar?
Pra que ir embora
Se o quê desejamos é ficar?
A minha insônia é benfazeja!
Não quero a dor esconder!
Verdade deslavada.
Não há nada pra resolver.
Voz que não quer calar.
A janela da alma escancarada
Se é pra ser
Que assim seja!
Rio, 06 de junho de 2012.
Nasceu o texto prometido pra ser o 600o. do Blog Palavra Fátua!
ResponderExcluirUma homenagem prazerosa do meu amigo e grande poeta Hélcio Maia o Quixote!
Trabalhei nele para manter a levada de manifesto.
Só sei escrever assim: em ritmo de tango!
Enfático e pra a eternidade!
Como Nelson Rodrigues falava, o brasileiro tem uma vocação para escrever até um simples bilhete como se fosse para a eternidade!
Todos podem conferi-lo no blog http://palavrafatua.blogspot.com.br
Lá vai o meu encouraçado que aporta na praça democrática das cogitações poéticas!
Beijos embebidos na gratidão!