Habito meus próprios medos.
Convivo promiscuamente com a minha sombra.
Exponho as minhas vísceras.
Entrego a minha cabeça a prêmio.
Ofereço-me ao escárnio.
Os ângulos que compõe a minha figura
São incongruentes.
Não tenho simetria.
Saio do prumo e destoo.
Me inclino e desafino.
Deixo que provem do meu néctar.
Mas quantos caíram nos meus abismos?
Me cultivo em segredo.
Povoo o meu santuário intocado.
Só eu o conheço.
Sou do tipo misturado.
Aquele que abriga muitos seres.
Meus eus irreconciliáveis.
Rio, 01 de junho de 2012
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