O medo esse touro indomável
Rodopia na arena ensandecido
Enganando o pavor que atravessa seu couro
Envenenado, assanhado
Suporta a tortura do algoz.
Suas carnes tremulam transidas de dor
Ilude-se com promessas
Cambaleia traído
Resiste zombeteiro e feroz
Mas tomba no chão ensanguentado.
A vida não perdoa quem sai derrotado.
O poder se manifesta na dominação
Aprendemos a não mostrar fragilidade.
O resultado da perda é a rendição?
Como lidar com a dualidade?
Vencedor e vencido convivem lado a lado.
O desafio é conciliar força e fraqueza.
O equilíbrio das duas é minha decisão.
Rio, 25 de julho de 2012.