terça-feira, 3 de abril de 2012

RESSUSCITA-ME



Estou tentando colher algum sentido da vida. 
Pois tudo parece morto e acinzentado,
Como este fim de semana cor de chumbo. 
Chumbo que sela meu estado de espírito.
Sinto-me estéril e inerte. 
Toda a minha vontade e alegria estão aprisionadas num cárcere
Além de qualquer fronteira conhecida.
Cumpro a minha rotina como que robotizada. 
As manhãs perderem o frescor.
As noites, o brilho das estrelas. 
E só resta este vazio abissal. 
Meu corpo e minha alma não querem te esquecer, desaprendi a sonhar.  
Esta sou eu agora, impotente e dinamitada pela inutilidade. 
Meu grito contido clama pelo eco da sua presença. 
Minha existência é um deserto 
Povoado pela lembrança da vida inteira que renunciei...
Meus beijos, meus sussurros, meus sentidos e meu gozo estão adormecidos
Embrulhados em papel celofane.
Só você tem o poder de desembrulhá-los porque são seus... 
Só um desejo: ressuscita-me!!! 
 
Nathalia Leão Garcia 
Rio, 17-07-2010



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